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POLÍCIA Quinta-feira, 03 de Julho de 2025, 17:04 - A | A

Quinta-feira, 03 de Julho de 2025, 17h:04 - A | A

SEGURANÇA PÚBLICA | COMBATE AO CRIME ORGANIZADO

Polícia Civil deflagra operação contra associação criminosa em Nova Mutum / MT

“Efeito Cascata” cumpre 26 mandados relacionados ao tráfico de drogas e homicídios na região

Dana Campos

A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Nova Mutum (Derf-NM), deflagrou nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (3) a Operação Efeito Cascata, com foco na repressão a organizações criminosas envolvidas no tráfico de drogas e homicídios na cidade e região.

Ao todo, estão sendo cumpridas 26 ordens judiciais, sendo 21 mandados de busca e apreensão ligados ao tráfico de drogas, três relacionados a homicídios e dois mandados de prisão preventiva, também por envolvimento em assassinatos.

A operação também inclui a quebra de sigilo telefônico e de dados de todos os aparelhos eletrônicos apreendidos durante a ação.

De acordo com o delegado Jean Paulo Ferreira Nascimento, responsável pela investigação, os crimes estão diretamente ligados à disputa territorial pelo tráfico de drogas.

“No decorrer das investigações, foi possível apurar que esses homicídios estavam conectados à guerra do tráfico. Tudo relacionado à disputa de pontos de venda e domínio de áreas estratégicas da cidade”, afirmou.

Rede estruturada e uso de tecnologia

Durante a investigação, a Polícia Civil identificou uma rede sistematizada de distribuição de entorpecentes, composta por dezenas de envolvidos. O grupo utilizava mensagens codificadas, transferências bancárias, envio de localização via aplicativo e outras estratégias para dificultar a identificação policial e manter a operação em andamento.

Os traficantes atuavam em sistema de varejo local, sendo identificados como “lojistas”, que repassavam drogas diretamente aos usuários. Também foi apurado que a organização impunha medidas disciplinares internas a membros que descumpriam ordens — evidenciando o grau de periculosidade e hierarquia interna do grupo.

Assessoria-PJC

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Pagamentos e movimentações financeiras eram realizados por meio de contas bancárias e chaves PIX vinculadas aos investigados, indicando tentativa de ocultação de identidade e possível prática de lavagem de dinheiro.

Segundo a Polícia Civil, mesmo com prisões anteriores de integrantes estratégicos, a organização manteve suas atividades criminosas, demonstrando autonomia operacional e estrutura organizada. As investigações continuam, com novos desdobramentos previstos a partir da análise do material apreendido.

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