O Presidente do Irão, Masoud Pezeshkian, anunciou nesta terça-feira (25) o fim da "guerra de 12 dias imposta por Israel", após a entrada em vigor de um cessar-fogo frágil mediado por potências internacionais. Em pronunciamento à nação, Pezeshkian declarou que o Irão está pronto para retomar as negociações com os Estados Unidos, mas reiterou que o país continuará a defender o direito ao uso pacífico da energia nuclear.
"Hoje, após a resistência heróica da nossa grande nação, cuja determinação faz história, estamos a assistir ao estabelecimento de tréguas e ao fim desta guerra de 12 dias imposta pelo aventureirismo e provocação do regime israelita", afirmou o presidente iraniano.
Apesar da trégua, o Irão reforçou que continuará o seu programa nuclear. Segundo a Agência de Energia Atómica iraniana, Teerão está pronto para retomar imediatamente o enriquecimento de urânio. "O nosso programa não será interrompido", informou a entidade, citada por meios de comunicação estatais.
Por outro lado, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, celebrou o desfecho do conflito como uma "vitória histórica". Em discurso transmitido em cadeia nacional, Netanyahu declarou que Israel conseguiu "frustrar" o programa nuclear iraniano e prometeu impedir qualquer tentativa de reconstrução.
"Alcançámos uma vitória histórica", disse Netanyahu. "O Irão nunca terá uma arma nuclear. Se alguém em Teerão tentar reconstruir o programa, agiremos com a mesma determinação e intensidade."
O conflito de 12 dias foi marcado por intensos bombardeamentos de ambos os lados, com alvos militares e infraestruturas estratégicas atingidas. Ainda não há um balanço oficial de vítimas, mas organizações internacionais alertam para a grave situação humanitária nas zonas afetadas.
A comunidade internacional, incluindo a ONU, tem apelado à manutenção do cessar-fogo e à retomada urgente de negociações diplomáticas para evitar uma nova escalada entre os dois países, cujas tensões têm crescido nos últimos anos em torno do controverso programa nuclear iraniano.