A Polícia Civil de Mato Grosso concluiu o inquérito e indiciou o empresário Yuri Alexandre Dias da Silva, de 28 anos, pelo assassinato de Vânia Cristina Benini, de 40 anos, com quem mantinha um relacionamento extraconjugal. A vítima estava grávida de seis semanas e foi morta com 39 facadas, no dia 5 de junho, em Ribeirãozinho, a cerca de 465 km de Cuiabá.
De acordo com as investigações, o crime foi premeditado. Yuri teria comprado a faca usada no homicídio um dia antes e preparado uma emboscada para surpreender Vânia enquanto ela seguia para o trabalho. O ataque brutal resultou em diversas perfurações no corpo da vítima, inclusive no abdômen, atingindo também o feto.
A motivação do crime, segundo o delegado responsável pelo caso, foi o fato de a vítima ter se recusado a realizar um aborto.
O empresário, que é casado e pai de três filhas, não aceitava a gravidez e dizia que a situação estava afetando sua vida familiar. Em depoimento, ele confessou o assassinato e alegou que cometeu o crime para "proteger a própria família".
O laudo do Instituto Médico Legal confirmou a gravidez e apontou ferimentos múltiplos e profundos, reforçando a tese de que houve intenção deliberada de matar tanto a mulher quanto o bebê.
Além de feminicídio qualificado, Yuri também foi indiciado por aborto sem consentimento da gestante, o que agrava ainda mais sua situação judicial. A prisão preventiva foi decretada, e o inquérito já foi encaminhado ao Ministério Público, que deverá apresentar denúncia formal nos próximos dias.
O caso causou forte comoção na cidade de pouco mais de 4 mil habitantes e reacendeu o alerta sobre a violência contra mulheres no estado. A Polícia Civil reforçou a importância das denúncias em casos de relacionamentos abusivos e disponibilizou canais de apoio para mulheres em situação de risco.
Se condenado pelos crimes de feminicídio e aborto sem consentimento, Yuri Alexandre poderá pegar mais de 30 anos de prisão.
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