As Forças de Defesa de Israel (FDI) acusaram o Irã de ter usado, pela primeira vez, um míssil equipado com bomba de fragmentação na guerra entre os dois países. O ataque ocorreu na quinta-feira (19), no oitavo dia de confrontos diretos.
Segundo os militares israelenses, a ogiva do míssil se abriu a cerca de 7 km de altitude, liberando cerca de 20 submunições sobre uma área de 8 km de extensão no centro de Israel. Uma dessas submunições atingiu uma casa na cidade de Azor, mas até o momento não há registro de vítimas, segundo a agência Reuters.
O que são bombas de fragmentação?
Também conhecidas como "cluster bombs", as bombas de fragmentação são projetadas para explodir no ar e liberar múltiplas pequenas munições sobre uma área extensa. O objetivo é atingir simultaneamente alvos múltiplos, como tropas, veículos e infraestrutura.
De acordo com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), o armamento foi usado pela primeira vez na Segunda Guerra Mundial e ficou amplamente estocado durante a Guerra Fria. O maior risco desse tipo de arma é o alto índice de submunições que não explodem no impacto, transformando-se em perigo permanente para civis, funcionando como minas terrestres anos após o fim dos conflitos.
Escalada no conflito
Autoridades israelenses consideram o uso desse armamento uma tentativa iraniana de aumentar o número de vítimas civis e elevar a pressão militar sobre Israel.
O ataque marca mais um capítulo da crescente tensão militar entre Teerã e Tel Aviv, com preocupação internacional sobre a escalada do conflito e os impactos para a população civil.