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COMOVENTE

Mãe é Condenada por Vender Filha de 6 Anos por R$ 5.500 por Cor da Pele e Olhos”

por Lucas Rabello

Do banco da plateia de um tribunal na África do Sul, uma avó dirigiu-se diretamente à própria filha, ré no caso. “Traga minha [neta] de volta ou me diga onde ela está”, suplicou Amanda Smith-Daniels. 

O pedido, carregado de dor e desespero, ecoava em uma sala que acabara de condenar sua filha, Kelly Smith, à prisão perpétua pelo desaparecimento da neta, Joshlin Smith.

Joshlin tinha apenas seis anos quando sumiu, em fevereiro de 2023. A mãe, Kelly Smith, então com 34 anos, informou às autoridades que a menina havia desaparecido perto de casa, na região de Saldanha Bay, não muito longe da Cidade do Cabo. O caso mobilizou uma busca nacional intensa pela estudante. Quinze meses se passaram, e Joshlin permanece desaparecida.

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Durante o julgamento, revelações chocantes vieram à tona. Testemunhas apresentaram um quadro perturbador das ações de Kelly Smith (cujo nome completo é Racquel Chantel Smith). Um pastor local contou ao júri que, já em 2023, ouviu a mãe falar sobre vender os próprios filhos, chegando a mencionar um valor tão baixo quanto 275 dólares (convertido para a moeda local, ou cerca de R$ 1500) por uma criança. Acusações graves apontaram que Kelly Smith ofereceu os três filhos por aproximadamente 1100 dólares.

Mais do que isso, uma amiga e vizinha da família, Lourentia Lombaard, declarou em tribunal que Kelly Smith teria vendido Joshlin especificamente para um “sangoma”, um curandeiro tradicional africano. A alegação mais aterradora foi a motivação atribuída ao comprador: “A pessoa que [supostamente] levou Joshlin a queria por causa dos seus olhos e da sua pele”, afirmou Lombaard.

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Outras pistas perturbadoras surgiram. Uma professora de Joshlin testemunhou que, durante a busca nacional pela menina, Kelly Smith teria dito que a filha estava “em um navio, dentro de um contêiner, e que estavam a caminho da África Ocidental”. Ao todo, mais de 30 testemunhas deram depoimentos, pintando um cenário horrível sobre o possível destino de Joshlin.

O veredito, anunciado em 30 de maio, foi severo. Além de Kelly Smith, dois cúmplices – o namorado dela, Jacquen Appollis, e um amigo, Steveno van Rhyn – também receberam sentenças de prisão perpétua. O juiz Nathan Erasmus detalhou as condenações: “Pela acusação de tráfico humano, você é condenada à prisão perpétua. Pela acusação de sequestro, você é condenada a 10 anos de prisão.”

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Kelly Smith foi condenada à prisão perpétua por seu envolvimento no desaparecimento da filha

O Centro Nacional de Acusação (NPA) afirmou que a sentença comprova que a menina de seis anos foi “vendida [e] entregue ao comprador pretendido” com o propósito de “exploração, nomeadamente escravidão ou práticas similares à escravidão”.

Apesar das condenações, a busca por respostas e por Joshlin continua. A polícia sul-africana mantém as investigações ativas. O comissário de polícia do Cabo Ocidental, Thembisile Patekile, reafirmou o compromisso: “Não vamos descansar até descobrirmos o que aconteceu com Joshlin. Continuamos procurando por ela dia e noite.” O apelo angustiado da avó Amanda, ecoando a dor de uma família e de uma nação, permanece: onde está Joshlin Smith?

Em fevereiro de 2024, a pequena Joshlin Smith, de apenas seis anos, desapareceu sem deixar rastros perto de sua casa em Saldanha Bay, na região do Cabo Ocidental da África do Sul. Desde então, o paradeiro da menina permanece um mistério doloroso. O caso, no entanto, tomou um rumo ainda mais sombrio quando a própria mãe de Joshlin, Racquel ‘Kelly’ Smith, seu namorado, Jacquen Appollis, e um amigo, Steveno van Rhyn, foram levados a julgamento.

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As acusações eram gravíssimas: sequestro e tráfico humano. Durante o julgamento, realizado no White City Multipurpose Centre ao longo de oito semanas, mais de trinta testemunhas apresentaram relatos perturbadores.

 

Uma vizinha e amiga, Lourentia Lombaard, testemunha-chave do estado, afirmou que Racquel Smith confessou ter vendido a própria filha para um sangoma – um curandeiro tradicional. O motivo citado foi chocante: o suposto comprador queria Joshlin “por causa de seus olhos e pele”.

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Outras revelações assustadoras surgiram. Um pastor local contou ter ouvido Racquel Smith falar sobre vender seus filhos já em 2023, mencionando valores que chegavam a 1.100 dólares, mas que ela aceitaria 275 dólares (cerca de R$ 1500). A professora de Joshlin também prestou depoimento, alegando que Smith disse que a filha estava “dentro de um contêiner” e “a caminho da África Ocidental”.

 

Nesta quarta-feira, 29 de maio, o juiz Nathan Erasmus proferiu a sentença. Ele foi incisivo ao afirmar que não fazia distinção entre os três réus. Cada um deles recebeu a pena máxima: prisão perpétua pela acusação de tráfico humano. Além disso, foram condenados a dez anos de prisão pelo crime de sequestro.

Apesar da condenação dos responsáveis, o sofrimento continua. Joshlin Smith ainda não foi encontrada. A Autoridade Nacional de Acusação (NPA) afirmou que a sentença confirma que a menina foi “vendida e entregue ao comprador pretendido” para fins de “exploração, nomeadamente escravidão ou práticas semelhantes à escravidão”.

O comissário de polícia do Cabo Ocidental, Thembisile Patekile, reafirmou o compromisso das forças de segurança: “Não vamos descansar até descobrirmos o que aconteceu com Joshlin. Continuamos a procurá-la dia e noite”.

A busca pela pequena Joshlin prossegue, enquanto sua comunidade e o país tentam compreender a profundidade da tragédia que envolveu aqueles que deveriam protegê-la acima de tudo. O caso expõe o lado mais tenebroso do tráfico humano e a violação extrema da confiança familiar.

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