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ESPORTE Quarta-feira, 04 de Junho de 2025, 14:28 - A | A

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SAINDO DE CENA

Sem respaldo e investigado, Dresch deve recuar de disputa na FMF

Ex-presidente da Federação de Futebol não recebeu apoio do comando da CBF e especialistas em direito indicam que decisão da Justiça Estadual não será revertida

Redação

Após ser impedido pela Justiça de continuar na presidência da Federação Mato-Grossense de Futebol (FMF) após o fim de seu mandato, e de não realizar a eleição para o comando da entidade, o empresário Aron Dresch — que ainda "sonhava" em retornar ao cargo — já admite que deixará de dar as ordens na instituição. Desde que encerrou seu mandato, no último domingo, o empresário teria recorrido à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para permanecer à frente da federação local, mas não obteve respaldo, já que não votou a favor da eleição de Ednaldo Rodrigues para comandar o futebol brasileiro.

Além disso, o ex-presidente, que já sofreu derrotas no Judiciário estadual, também teria consultado especialistas em Direito, que indicaram que ele não deverá obter êxito em eventuais recursos às instâncias superiores — STJ (Superior Tribunal de Justiça) e STF (Supremo Tribunal Federal).

Na última segunda-feira (26), a juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 4ª Vara Cível de Cuiabá, designou o advogado Thiago Dayan da Luz Barros como administrador provisório da entidade esportiva, com a principal missão de organizar novas eleições para recompor a diretoria.

INVESTIGAÇÃO
Outra situação que pesa contra o ex-presidente da federação é a denúncia de falsificação da data de uma assinatura, em que o dirigente do União de Rondonópolis, Reydner Roberto Souza e Silva, teria manifestado apoio à sua reeleição. Segundo Reydner, o documento foi assinado em 14/12/2023, e uma nova via teria sido assinada em 11/02/2025.

No entanto, no registro da chapa de Dresch à reeleição, consta que o então presidente do União assinou o documento presencialmente em 15 de abril. Nessa data, porém, Souza estava em uma viagem internacional.

As articulações para a sucessão na FMF levaram Reydner ao grupo de oposição, que lançou o empresário João Dorileo Leal como candidato à presidência. O dirigente do União compôs a chapa opositora como um dos vice-presidentes, tendo assinado seu apoio a Dorileo dentro do prazo permitido para inscrição dos postulantes ao cargo.

O Ministério Público também instaurou um procedimento investigatório para apurar possível fraude no registro da chapa de Dresch na eleição da FMF. E foi além: no mesmo ato, o promotor de Justiça Renee do Ó Souza, da 26ª Promotoria de Justiça Cível da Capital, determinou uma devassa em contratos, convênios e ajustes firmados entre a FMF e entes públicos, com o objetivo de investigar eventuais desvios de finalidade ou outras irregularidades no uso de verbas públicas.

CARTA DE “DESPEDIDA”
Nesta terça-feira, Dresch divulgou uma carta de “despedida”, na qual insinua ainda alimentar o sonho de retornar à FMF. Contudo, fez um balanço de sua atuação na instituição e pediu a realização da eleição.

Nos bastidores do futebol, já se especula que ele tentará articular a candidatura de Geandre Bucair, dirigente do Dom Bosco, para a presidência da FMF. No entanto, o nome não seria consenso, e o grupo estaria "rachado".

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