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TRAGÉDIA

Vídeo: Tragédia criança morre ao ser atingida por pilastra de concreto em condomínio

G1

Uma menina de 7 anos morreu depois de ser atingida por uma pilastra na área de recreação do condomínio Puerto Madero, na última terça-feira, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. Maria Luísa Oldembergas estava brincando em uma rede de balanço quando a estrutura de concreto, revestida de madeira, desabou sobre ela.

Em um vídeo obtido pela reportagem, duas meninas maiores empurram o balanço com outras quatro crianças menores no aparelho, quando uma das pilastras cede e atinge Maria Luísa. Logo, uma das delas tirou os escombros de cima de Maria Luísa e todas correram.

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Após ouvir o barulho, um funcionário do condomínio foi até o local e se deparou a criança caída no chão, com ferimentos graves na cabeça e no braço. O Corpo de Bombeiros foi acionado e ainda tentou reanimar a menina por cerca de 40 minutos, sem êxito.

Em depoimento, o funcionário disse que estrutura de concreto da pilastra existe desde a construção do prédio e que ela foi revestida, em dezembro, com madeira, por um servidor responsável pela manutenção do próprio condomínio.

 

O caso está sendo investigado pela 42ª DP (Recreio). O delegado responsável pelo caso, Alan Luxardo, afirmou que aguarda o laudo da perícia para verificar se a pilastra caiu devido a um erro de projeto, execução ou manutenção, e que o responsável será indiciado pelo crime de homicídio culposo (quando não há intenção de matar).

 

Moradores do Puerto Madero não querem se identificar e moram no condomínio desde a sua inauguração, em 2010, confirmaram que as pilastras de concreto sempre existiram no prédio. Eles também disseram que as estruturas sempre funcionaram como sustentação para a rede sem nenhum problema, e ressaltaram que o clima no condomínio é de muita tristeza.

Os moradores afirmaram, ainda, desconhecer se o revestimento de madeira feito em dezembro passou por uma assembleia. No entanto, um deles afirmou que, para evitar divergências, questões como essa costumam ser debatidas para chegar em um consenso entre as necessidades do condomínio.

Segundo informações, testemunhas também disseram que as obras no espaço destinado às crianças foram feitas recentemente, sem consulta aos órgãos responsáveis.

"Não foi aprovada em assembleia essa obra. E aí, o síndico levantou dois dormentes de madeira maciça e colocou ganchos e uma rede para as pessoas se balançarem, na área de brinquedo, na área kids. Uma criança deitou na rede para se balançar, para brincar, e como os dormentes não estavam muito fixados, não estavam bem presos, o dormente caiu em cima da cabecinha dela", relatou ao g1 um morador que preferiu não se identificar.

Reprodução

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A administração do Puerto Madeiro lamentou o ocorrido e informou que todas as providências já estão sendo tomadas para a apuração do caso, além de estarem colaborando com as investigações. O condomínio disse ainda que irá prestar toda a assistência necessária à família.

No Instituto Médico-Legal (IML), os pais de Maria Luísa não quiseram se pronunciar. Eles estavam acompanhados de familiares, todos de Londrina, no Paraná, que chegaram ao Rio na manhã desta quarta-feira. Muito abalados, os parentes disseram que ainda não estão preocupados com as investigações, e tratam o ocorrido, no momento, como uma fatalidade.

O pai, Valdenir Oldembergas, foi morar no Rio por conta do trabalho, acompanhado da esposa. Na capital carioca, tiveram dois filhos, sendo Maria Luísa a caçula.

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